- Publicado
- Última actualização
- tempo de leitura
Boletim da IACM de 8 de abril de 2014
- Authors
IACM — listas de correio para membros
Se quer estar ou entrar em contacto com outros membros do IACM esta é a melhor forma. pode-se inscrever numa das três novas mailing lists aqui ! Os membros regulares (cientistas, médicos, etc.) são convidados a inscreverem-se na lista de correio científica da IACM para discutir investigações actuais sobre canabinóides, fazer sugestões sobre o trabalho da IACM, comentar artigos e noticias do boletim da IACM, etc. Todos os membros do Conselho de Administração do IACM participar nesta Mailing List.
Além disso, convidamos os membros associados (pacientes, activistas, outros membros) para se inscrever na Mailing List Inglesa ou Espanhola da IACM. Se é um activista no seu país ou pretende vir a ser, e gostaria de entrar em contacto com pacientes de diversos países como Austrália, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Espanha, México, Uruguai e muitos outros, este pode ser um bom fórum para a troca de experiências. Também é possível colocar perguntas aos peritos e discutir questões científicas já que Ethan Russo e Franjo Grotenhermen participam na mailing list inglesa e Manuel Guzmán e Ricardo Navarrete Varo na espanhola.
Área exclusiva para os membros do IACM
para ser um membro registado do IACM, clique aqui
Ciência/Humanos — O consumo de cannabis reduz os sintomas da doença de Parkinson em um estudo clínico aberto
Vários sintomas podem ser melhorados em pacientes com doença de Parkinson pela inalação de cannabis. Este é o resultado de um estudo clínico aberto com 22 pacientes no Departamento de Neurologia do Hospital Beilinson em Petach Tikva e Sackler Faculdade de Medicina da Universidade de Tel Aviv, Israel. Os doentes que frequentaram o centro médico em 2011-2012 foram avaliados no início e 30 minutos após fumar cannabis.
A pontuação média total na escala motora Unified Parkinson Disease Rating Scale melhorou significativamente de 33,1 no início do estudo para 23,2 após o consumo de cannabis. A análise dos sintomas motores específicos revelou melhora significativa após tratamento do tremor, da rigidez e da bradicinesia. Também houve melhoria da pontuação do sono e dor. Não foram observados efeitos adversos significativos. Os autores concluíram que "o estudo sugere que a cannabis pode ter um lugar no arsenal terapêutico da DP [doença de Parkinson]."
EUA — estudo com Cannabis em veteranos que sofrem do transtorno de stress pós-traumático obtém aprovação pelo governo.
O governo federal aprovou o estudo há muito aguardado que vai analisar as propriedades da cannabis como um tratamento para veteranos com transtorno de stress pós-traumático. Esta decisão do Departamento de Saúde e Serviços Humanos surpreendeu os defensores do cannabis que têm lutado há décadas pela aprovação federal para a investigação dos usos médicos desta planta.
A proposta da Universidade do Arizona, foi há muito tempo autorizada pela Food and Drug Administration, mas os pesquisadores não conseguiram comprar cannabis no National Institute on Drug Abuse.
Esta agência tem uma variedade de cannabis na Universidade do Mississippi, que é a única fonte de abastecimento desta planta com autorização federal. Em uma carta escrita na semana passada, o Ministério da saúde deu a autorização para poder comprar cannabis medicinal á principal financiadora do estudo, a Associação Multidisciplinar para Estudos Psicodélicos(MAPS), que apoia a pesquisa médica e a legalização da cannabis e outras drogas.
Notícias
Ciência/Humanos — O consumo de Cannabis não reduz o desempenho cognitivo em adolescentes
33 adolescentes, que tinham abandonado o uso de cannabis, não diferiram em CI, atenção, memória e funções executivas, em comparação com os não-usuários. Os autores concluem afirmando que "já se tem relatado que os déficits neurocognitivos podem estar relacionados a outros fatores, tais como efeitos residuais da droga, déficits cognitivos preexistentes, uso simultâneo de outras substâncias (por exemplo, nicotina) e psicopatologia". Os adolescentes "podem não ser vulneráveis ao déficit neuropsicológico do THC quando atingem a remissão de todas as drogas pelo menos em 30 dias ".
Departamento de psiquiatria e Instituto de deficiências de desenvolvimento de Carolina, Universidade de Carolina do Norte, Chapel Hill, EUA.UU.
Hooper SR, et al. Psychopharmacology (Berl). 2014 Mar 12. [in press]
EUA — De acordo com uma sondagem, os americanos acreditam que a cannabis é menos prejudicial do que o açúcar
De acordo com um inquérito representativo conduzido pelo Wall Street Journal e a NBC News, os americanos acham que a cannabis é menos prejudicial do que o álcool, o tabaco e o açúcar. Perguntaram qual das quatro substâncias acreditam que é "mais prejudicial para a saúde geral de uma pessoa". A maioria dos entrevistados disseram que o tabaco (49%), seguido de álcool (24%), açúcar (15%) e cannabis (8%).
Resultados de esta questão na página 22.
Africa do Sul — Membros do Parlamento chamam para uma mudança na lei para permitir a utilização médica da cannabis
Mario Oriani-Ambrosini é membro do Parlamento pelo partido da Liberdade Inkatha. Ele sofre de câncer de pulmão e pede a legalização da cannabis para fins terapêuticos. O governo tem demonstrado interesse. Em 18 de Fevereiro de 2014 Oriani-Ambrosini apresentou um projecto com o título "projecto de lei de inovação médica".
SÜDAFRIKA de 4 de Março de 2014
Ciência/Humanos — Os fumadores de cannabis dosificam o consumo de THC de acordo com a potencia da planta
Os consumidores de cannabis dosificam o consumo de THC inalando menos volumes de fumo quando fumam charros muito fortes, mas esta manobra não compensa inteiramente as mais altas doses de cannabis por porro quando se consumem variedades de grande potencia. Este é o resultado de um estudo realizado com 98 consumidores de cannabis que fumaram cannabis com concentrações de THC que variou entre 0'2 e 15' 7%. Os autores concluem afirmando que "os consumidores de cannabis mais forte estão normalmente expostos a mais delta-9-tetrahidrocanabinol".
Instituto Trimbos, Utrecht, Países Baixos.
Van der Pol P, et al. Addiction. 2014 Mar 17.[in press]
Ciência/Células — Alguns canabinóides reduzem a inflamação das células endoteliais
As células endoteliais formam a fina camada de células que reveste a superfície interior dos vasos sanguíneos. Os canabinóides sintéticos WIN55, 212-2 e o endocannabinoide NADA reduziram a inflamação destas células, enquanto os endocanabinoides anandamida e 2-AG foram ineficazes. Os efeitos do NADA são mediados por receptores canabinóides, mas não aqueles do WIN55, 212-2.
Universidade da Califórnia, San Francisco, Estados Unidos.
Wilhelmsen K, et al. J Biol Chem. 2014 Mar 18. [na imprensa]
Ciência/Células — O CBD aumenta a fagocitose de células imunes do cérebro
O canabinóides não psicoativo canabidiol (CBD) reforça a fagocitose de células da microglia através da ativação do receptor vanilloide (TRPV1). As células da microglia são macrófagos (certas células imunitárias) do cérebro e da medula espinhal. Os autores concluem afirmando que "o efeito do CBD de melhora da fagocitose via TRPV1 sugere que a modificação farmacológica da actividade do canal TRPV1 poderia ser uma abordagem racional para o tratamento de distúrbios neuroinflamatorios nos quais encontremos mudanças dentro função microglial ".
Faculdade de ciências biológicas, Universidade de Nottingham, Reino Unido.
Hassan S, et al. Br J Pharmacol. 2014 Feb 21. [in press]
Ciência/Humanos — Há apenas um pequeno aumento do risco de acidente estando sob a influência de cannabis
Em um estudo realizado com 1.046 motoristas mortos em acidente de carro na Nova Zelândia e que tinham álcool no sangue tinham um risco aumentado de um 13'7 para ser responsável pelo acidente, enquanto o aumento do risco só foi baixo no caso da cannabis (odds ratio: 1'3). Surpreendentemente, o risco era menor para concentrações em sangue acima de 5ng/ml de THC (odds ratio: 1'0) e o maior para os mais baixos do que 2ng/ml (odds ratio: 3'1).
Environmental Science and Research, Porirua, Nova Zelanda
Poulsen H, et al. Accid Anal Prev 2014;67C:119-128.
Ciência/Animais — A activação dos receptores CB2 pode ser útil na enxaqueca
Em dois modelos animais com ratos susceptíveis de ter enxaqueca, a activação de receptores CB2 reduziu a dor. Os autores concluem afirmando que "estes resultados sugerem que a manipulação farmacológica do receptor CB2 pode representar uma ferramenta terapêutica potencial para o tratamento da enxaqueca".
Headache Science Centre, "C. Mondino" Instituto Nacional de Neurologia, Pavia, Italy.
Greco R, et al. J Headache Pain 2014;15(1):14.
Ciência/Humanos — O uso prolongado de cannabis está associado com uma redução na massa cinzenta do cérebro
Comparando um grupo de fumadores habituais de cannabis com um de fumadores ocasionais, os investigadores encontraram uma redução no volume de matéria cinzenta em certas regiões do cérebro (o córtex temporo-medial, pólo temporal, giro do hipocampo, a insula e o córtex orbitofrontal). Estas regiões são ricas em receptores CB1.
Centro Hospitalar Universitario Vaudois e Universidade de Lausanne, Suíza
Battistella G, et al. Neuropsychopharmacology. 2014 Mar 17. [na imprensa]
EUA — Alabama aprova o uso de cannabis rico em CBD
Estados Unidos: Alabama aprova o uso de cannabis rico em CBD
Um projecto de lei sobre a cannabis medicinal que torna legal possuir um extrato de cannabis rico em CBD com uma receita tem sido aprovado por unanimidade, tanto na câmara como no Senado em Alabama.